sábado, 20 de junho de 2009





Parlamentar estadual foi acusada de fazer campanha em 2006 usando obras da Prefeitura de Bacabal.
SÃO LUÍS - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou ontem, por unanimidade, a cassação do mandato da deputada Graciete Lisboa (PSDB), ocorrida em outubro do ano passado. O relator da matéria foi o ministro Ricardo Lewandowski. Ela ainda pode recorrer da sentença ao Supremo Tribunal Federal (STF). Pelo resumo da decisão publicado na pagina do TSE, não estava claro se ela tem que deixar o cargo imediatamente ou pode esperar até o julgamento desse provável recurso.


A tucana foi acusada, em 2006, pelo hoje aliado e também deputado Jura Filho (PMDB), de fazer campanha usando obras da Prefeitura de Bacabal, comandada pelo então marido Raimundo Lisboa, na época no PSDB e hoje no PDT. Os advogados de Graciete Lisboa alegaram, em Embargos de Declaração, que o crime da qual foi acusada não teve “potencialidade” para influir no resultado final da eleição. A tese foi rechaçada pelos ministros durante a sessão de ontem.


Obras


Segundo a denúncia do peemedebista, a deputada participava de inaugurações de obras no município, como asfaltamento de ruas e construção de poços artesianos, sendo sua presença anunciada com estardalhaço pelo agora ex-marido. Tinha, inclusive, seu número (45.800) citado nos eventos.


Não se sabe ao certo quem deve assumir a vaga. Estão na fila o vereador de Açailândia Irmão Carlos (PMN), o empresário Carlinhos Amorim (PSB) e o ex-deputado Lula Almeida (PSDB). O tucano teve prisão decretada durante a terceira etapa da Operação Rapina. Os dois primeiros mudaram de partido e, em tese, teriam ferido a regra da fidelidade partidária. Essa regra reza ser do partido e não do candidato o cargo. Os três devem travar uma intensa batalha judicial pela vaga.

O Estado
Décio Sá

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