quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A volta do guerreiro



Por Robert Lobato

Bastaram três sessões para que a Assembleia Legislativa voltasse a ser palco de intensos debates e pronunciamentos que expõem o lado nefasto do governo biônico da governadora Roseana Sarney. Deve-se a isso à volta do guerrilheiro do nosso parlamento, deputado Edivaldo Holanda (PTC).

Logo no primeiro dia do seu retorno à arena parlamentar, Edivaldo Holanda tratou da baderna juvenil-sarneisista do PMDB ocorrida no Sindicato dos Bancários durante lançamento do livro Honoráveis Bandidos.
No seu discurso, o líder da oposição chegou a sugerir que o ocorrido no lançamento do Best-Seller de Palmério Dória, teria o dedo do secretário de Saúde Ricardo Murad.

Ontem (10), Edivaldo Holanda fez um duro discurso contra o descaso do governo estadual com a Segurança Pública, chegando a lembrar que o Maranhão pode perder recursos do Pronasci porque a política de Segurança Cidadã foi abandonada pela governadora Roseana Sarney e pelo secretário Raimundo Cutrim.

Ainda na sessão de ontem, o presidente do PTC denunciou mais uma das maldades de Ricardo Murad, dessa vez acusando- o de patrocinar uma espécie de holocausto contra 222 transplantado de rins no Maranhão, tal a dificuldade que o secretário de Roseana tem criado para que os pacientes consigam adquirir os remédios para o seu tratamento.

Já na sessão desta quarta-feira, o bravo deputado enfrentou o debate político com a base governista ao propor que a Casa constituísse uma moção de desagravo ao Sindicato dos Bancários, devido ao episódio ocorrido durante o lançamento do livro “Honoráveis Bandidos”.

O discurso do deputado Edivaldo Holanda fez com que o presidente da Assembleia, deputado Marcelo Tavares, pedisse a parte para afirmar: “o que me entristece, deputado Edivaldo Holanda, é o que está acontecendo após esse episódio do lançamento do livro e, independente do que é tratado naquele livro, para todos nós do Maranhão, eu acho que existe uma única palavra que traduz com perfeição ao que nós estamos assistindo hoje, deputado Edivaldo, e essa palavra é intolerância. É o desrespeito ao contraditório, é o desrespeito à democracia”.

Ou seja, durante duas semanas que o líder da oposição passou fora, foram suficientes para que a sociedade maranhense, não somente sentisse a sua falta, como o próprio parlamento perdesse um pouco do seu papel principal que é debater as grandes questões do estado, goste ou não o governo e a sua base na Assembleia Legislativa.

Ah, uma curiosidade: a volta do deputado Edivaldo Holanda fez também com que a honorável bancada governista saisse “de fininho” do plenário. Seja bem-vindo deputado Edivaldo Holanda, nosso guerrilheiro do parlamento. O povo maranhense agradece.

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