terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Zé Reinaldo e Jackson colocaram o MA nos trilhos, diz presidente da AL


O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Tavares (PSB), em discurso na sessão de hoje (terça-feira, 15), reagiu às insinuações de parlamentares governistas de que a culpa do endividamento histórico do Estado seja dos ex-governadores José Reinaldo Tavares (PSB) e Jackson Lago (PDT).
Segundo Marcelo, ocorreu justamente o contrário, os dois últimos governos fizeram um esforço monumental e conseguiram, de fato, colocar o Maranhão nos trilhos.
Marcelo Tavares garantiu ter a certeza de que os governos que não endividaram o Maranhão foram os de José Reinaldo e Jackson Lago, pois até então este era um estado extremamente endividado, com quase duas vezes a sua receita corrente líquida em valores comprometidos. "E não foi nem José Reinaldo nem Jackson Lago que fizeram essa dívida".
Ele disse que os dois últimos governadores encontraram o Maranhão quebrado financeiramente e colocaram o estado de volta aos trilhos para que pudesse recuperar a sua capacidade própria de investimento.
O presidente da Assembleia informou que nos dois governos anteriores o Maranhão se recuperou financeiramente, a dívida foi paga em boa parte, os níveis em valores nominais caíram e o Estado teve um crescimento magnífico na arrecadação. “Foi nos governos de Jackson e José Reinaldo que o Maranhão fez a lição de casa em matérias fiscal e tributária”, garantiu.
Marcelo lamentou que após um esforço de anos, mais uma vez o Estado do Maranhão esteja se curvando à penúria e endividando as próximas gerações. Afirmou, ainda, que nenhum governo — nem o atual ou qualquer outro — tem o direito de contaminar a capacidade de investimento do estado.
Para Marcelo Tavares, o Maranhão faz parte da uma unidade federativa do Brasil e não pode ficar à mercê dos governos federais. Segundo ele, o Maranhão tem que ter condições de investimento próprio e, para isso, a Assembleia precisa rejeitar um novo pedido de empréstimo.
Marcelo garantiu que o Maranhão deixado pelo ex-governador Jackson Lago não foi um estado quebrado, foi um estado autosuficiente, de pé. Ele lembrou que o atual governo recuperou quase a totalidade dos recursos conveniados, que retornaram às contas do Tesouro Estadual, mais ainda assim os pedidos de financiamentos deverão chegar a aproximadamente um bilhão de reais.
Na avaliação de Marcelo, Roseana Sarney (PMDB) é o governo que mais vai endividar o Maranhão no menor prazo de tempo que ele já viu na história. “Mas é um governo que não precisa desse dinheiro e com certeza vamos pagar mais de dois ou três bilhões de reais”.
ORÇAMENTO
A análise de Marcelo Tavares sobre o endividamento do estado foi feita durante o discurso na sessão de hoje em que ele pediu atenção especial dos deputados à votação do Projeto de Lei Orçamentária, marcada para esta quarta-feira.
Ele disse que ainda há tempo dos parlamentares refletirem sobre o conteúdo da Lei Orçamentária de 2010 e corrigir o que necessita ser corrigido. “Nós não podemos aprovar este empréstmo, sob pena de entrar para a história como o Poder Legislativo que de certa forma compartilhou com o maior endividamento, no menor prazo da história, dos recursos do povo maranhense”.
Ainda no contexto do discurso sobre a peça orçamentária, Marcelo Tavares também chamou atenção para a importância da aprovação da Emenda nº 52, de sua autoria, que coloca recursos para ampliação e interiorização da Defensoria Pública no Maranhão, no valor global de R$ 18 milhões, e para a Emenda nº 54, que desloca recursos da Secretaria de Comunicação para a Secretaria de Educação.
Ele ressaltou a necessidade do Maranhão retornar aos mesmos níveis de investimentos na educação do governo José Reinaldo, citando como exemplo, a garantia de R$ 8,2 milhões para a manutenção de todas as quase 40 escolas da pedagogia da alternância em todo o estado.
Marcelo Tavares também destacou outra emenda de sua autoria, destinando R$ 800 mil para o município de Penalva. Os recursos servirão para que a população de Penalva possa ter acesso ao serviço de abastecimento de água, que atualmente é precário. (Da Agência Assembleia)

Nenhum comentário:

Postar um comentário